Tomo o tempo
como pílula de cura
da loucura da cidade
dos medos e receios
daquilo que pensei, falei e fiz
ou não fiz...
das lembranças que tento esquecer
das lembranças que tento salvar
do tempo que passou
do tempo que de cruel, não parou.
Tomo o tempo que preciso para respirar
ar carregado que pesa no peito
inspirando sujeira e palavras impensadas
expirando cansaço dessa pressa inconseqüente.
Torço pra que o tempo não termine
antes de trazê-lo de volta pra mim.
Tempo que cria e destrói
Que faz florescer
Que faz fenecer.
Tempo, que com a saudade, corrói
Fazendo sofrer
Até o último sopro de felicidade desaparecer
Tempo que aplaca a dor
De uma desilusão
Que, esquecida no passado, deixa de habitar o coração
Com o tempo é que se brota o amor
E com o tempo se esvaia a paixão
Mas só o
1 - Poesia e vídeo-poesia de Larissa Ohori
2 - Poesia de André Carvalho
Um comentário:
Postar um comentário