quinta-feira, 12 de junho de 2008

O sapo que lava o pé


Num momento de intervalo
entre uma pancada de chuva e uma garoa interminável.
Lá estava ele, no seu ritual
e eu, no meu.

Lembrei da antiga canção
e a contestei, como sempre, como nunca.
Na plenitude daquele momento, simples e único
duvidei do que me fizeram ver, ouvir e pensar.

Duvidei da existência.
Fiz essa foto no déck de minha antiga República,
hoje demolida pelo poder devastador do Estado.
Destruiram "minha" casa,
mas jamais destruirão as lembranças, sentimentos e idéias que à povoaram.

1 - Fotografia e poesia de Lucas Conejero

Um comentário:

Lucas disse...
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