quarta-feira, 16 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Mr Quiet
Shh, shh – he said
Your noise don´t let me hear the silence
Shh, shh – he said again
My dear don´t know that loves me
So, please, stop making noise
Let my love discover that her love flows in the silence
Shh, shh – he said
If you make some silence
My dear´ll hear the beats from my heart
And maybe she let me make some noise in her life
Mano Quietinho
Dessa maneira você vai ficar pra trás
Se ninguém te ouvir, não vai realizar seu sonho
E vai ficar sempre assim, mudo, tristonho
Mano Quietinho
Pára de ser tão silencioso
Se ninguém te ouvir, vai ficar marcando bobeira
E vão acabar te colocando na geladeira
Ô Mano Quietinho
Abre a boca, meu filho
Fala alguma coisa interessante
Faça-se ouvir aqui neste mundão
Nem que seja por um instante
1 - Poesia de Calebe Perazza
2 - Poesia de André Carvalho
Your noise don´t let me hear the silence
Shh, shh – he said again
My dear don´t know that loves me
So, please, stop making noise
Let my love discover that her love flows in the silence
Shh, shh – he said
If you make some silence
My dear´ll hear the beats from my heart
And maybe she let me make some noise in her life
Mano Quietinho
Dessa maneira você vai ficar pra trás
Se ninguém te ouvir, não vai realizar seu sonho
E vai ficar sempre assim, mudo, tristonho
Mano Quietinho
Pára de ser tão silencioso
Se ninguém te ouvir, vai ficar marcando bobeira
E vão acabar te colocando na geladeira
Ô Mano Quietinho
Abre a boca, meu filho
Fala alguma coisa interessante
Faça-se ouvir aqui neste mundão
Nem que seja por um instante
1 - Poesia de Calebe Perazza
2 - Poesia de André Carvalho
sábado, 5 de julho de 2008
City Landscapes
E de repente, o sol se põe
em calmaria que é quase fantasia
Esconde sua cor e dor
de viver e morrer num único dia.
Assim, à tarde
o sol arde, sem fazer alarde
Se despede aquecendo o céu
com alaranjado-espanta-saudade.
1 - Fotografia de Calebe Perazza
2 - Poesia de Larissa Ohori
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São Paulo
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Sem horas
E com o passar do tempo, das horas
meninas se tornam senhoras
Lembram dos dias de moça,
das vezes que pularam poça
A vida lhes passa suave
delicada como teia de aranha
Viveu um ou outro entrave
mas se esquivou com artimanha
Hoje, fotografia é nostalgia
saudosismo dos dias de magia
sorrisos pelos dias de folia
foram tempos de alegria...
1 – Poesia de Larissa Ohori
meninas se tornam senhoras
Lembram dos dias de moça,
das vezes que pularam poça
A vida lhes passa suave
delicada como teia de aranha
Viveu um ou outro entrave
mas se esquivou com artimanha
Hoje, fotografia é nostalgia
saudosismo dos dias de magia
sorrisos pelos dias de folia
foram tempos de alegria...
1 – Poesia de Larissa Ohori
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Tarde demais para nos tornarmos santos
Meus pensamentos já não se perdem mais
Senão naquele gosto da sua boca,
naquele perfume,
na carne quente,
na fala lenta e rouca
É tarde demais para nos tornarmos santos
Você não consegue se controlar
Eu não quero me controlar
Tem demônio na carne
Tem pecado no olhar
Senão naquele gosto da sua boca,
naquele perfume,
na carne quente,
na fala lenta e rouca
É tarde demais para nos tornarmos santos
Você não consegue se controlar
Eu não quero me controlar
Tem demônio na carne
Tem pecado no olhar
Deixa eu te mostrar o meu desejo
Desejo sujo, e espesso
Eu não consigo me controlar
Meus dedos querem provocar sensações proibidas
E então eu toco você
Já é tarde demais para nos tornarmos santos
E então eu te toco, e descubro minha nova morada
No acalento de sua alma quente
No conforto de seu corpo
Dentro de ti, acho meu novo lugar
Agora já é tarde demais para nos tornarmos santos
Desejo sujo, e espesso
Eu não consigo me controlar
Meus dedos querem provocar sensações proibidas
E então eu toco você
Já é tarde demais para nos tornarmos santos
E então eu te toco, e descubro minha nova morada
No acalento de sua alma quente
No conforto de seu corpo
Dentro de ti, acho meu novo lugar
Agora já é tarde demais para nos tornarmos santos
1 - Poesia de Calebe Perazza
2 - Graffiti na Rua Veridiana fotografado por André Carvalho
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sábado, 14 de junho de 2008
Entre a sombra e a alma
Já vi em expressões vagas e vazias a vida deprimente, a verdade ocidental, seu lixo e sua chamada vitória. Já escutei conselhos, baboseiras e asneiras, mas o que me incomoda mesmo é a boçalidade. A mediocridade, a alienação, o bombardeio publicitário, a ditadura do dinheiro, tudo é possível de exterminar. Mas o que faremos com a boçalidade intrínseca, que atua como que por osmose nas cabeças desprovidas de cérebro?
E de repente me vi assim. Como quem morre vivo, como quem não tem idéia do tamanho das pessoas, como quem imagina o tempo como solução. Nada mais derrotista para alguém que lê o que leio e acredita no que acredito, não é? É, mas entre o tempo e a ação existe um espaço chamado idéia. E entre a idéia e o tempo, o sentimento. Entre o sentimento do tempo e a ação que emana das idéias: o caráter, a ética e a conseqüência.
Meu sangue ferve com a unidade de meu espírito que de santo não tem nada, ou tem tudo. Hoje sei que temos muito mais de Sartre, do que de santo em cada um de nós. E não tem nada de mal nisso. Somos seres humanos, não transcendemos a vida e nunca atingiremos a perfeição. As perguntas não calam, nem param. Casa Grande ou Senzala? Inseto ou inseticida? Quem vai pagar o preço? E a conta?
De que forma romper com a estrutura, se é que é necessária essa ruptura e a verdade - que não existe - onde será que está? Mentiras deslavadas me atormentam diariamente, demagogia pura, hipocrisia, falta de compaixão, o resto do avesso do avesso que outrora romântico ficou frio e apagado. Ainda é madrugada e eu sei muito bem esperar o momento certo.
Ser um “competidor”, desses que jogam com a vida, com as pessoas, com as mentes, com a política, não, isso nunca me atraiu. Meus sentimentos “a priori” encontram-se acima do que tentaram – e tentam - me ensinar como o correto e confesso que resisti ao processo de neocatequização com muitas feridas, cicatrizes e alguns desvios. O preço ainda é caro mas pago com gosto. A Mãe Terra, o Oceano, os ventos, eles não morrem de overdose. Em minha essência não existe doutrina, não sigo dógmas e renego a possibilidade única de felicidade: inspirado em um grande mestre posso afirmar: "a filosofia me despertou de um sono dogmático”. E é lá que moro, morô Maria?
E de repente me vi assim. Como quem morre vivo, como quem não tem idéia do tamanho das pessoas, como quem imagina o tempo como solução. Nada mais derrotista para alguém que lê o que leio e acredita no que acredito, não é? É, mas entre o tempo e a ação existe um espaço chamado idéia. E entre a idéia e o tempo, o sentimento. Entre o sentimento do tempo e a ação que emana das idéias: o caráter, a ética e a conseqüência.
Meu sangue ferve com a unidade de meu espírito que de santo não tem nada, ou tem tudo. Hoje sei que temos muito mais de Sartre, do que de santo em cada um de nós. E não tem nada de mal nisso. Somos seres humanos, não transcendemos a vida e nunca atingiremos a perfeição. As perguntas não calam, nem param. Casa Grande ou Senzala? Inseto ou inseticida? Quem vai pagar o preço? E a conta?
De que forma romper com a estrutura, se é que é necessária essa ruptura e a verdade - que não existe - onde será que está? Mentiras deslavadas me atormentam diariamente, demagogia pura, hipocrisia, falta de compaixão, o resto do avesso do avesso que outrora romântico ficou frio e apagado. Ainda é madrugada e eu sei muito bem esperar o momento certo.
Ser um “competidor”, desses que jogam com a vida, com as pessoas, com as mentes, com a política, não, isso nunca me atraiu. Meus sentimentos “a priori” encontram-se acima do que tentaram – e tentam - me ensinar como o correto e confesso que resisti ao processo de neocatequização com muitas feridas, cicatrizes e alguns desvios. O preço ainda é caro mas pago com gosto. A Mãe Terra, o Oceano, os ventos, eles não morrem de overdose. Em minha essência não existe doutrina, não sigo dógmas e renego a possibilidade única de felicidade: inspirado em um grande mestre posso afirmar: "a filosofia me despertou de um sono dogmático”. E é lá que moro, morô Maria?
Pois é, meu caro amigo, conseguiste me emocionar com suas palavras. Palavras sinceras, puras, muito bem colocadas. Palavras que servem de instrumento para a conscientização, palavras que cativam, inspiram, emocionam.
Conhecendo-te bem como conheço, sei da força de tuas palavras. Amo-te, meu irmãozinho. Falas a mesma língua que eu, vives no mesmo universo que eu, respira o mesmo ar que eu. Somos um só.
E como você, também me incomoda tantas coisas neste mundo. “No meu peito, fisga a dor da indiferença, pois percebo que a saúde não se importa com a doença”. Nunca fui indiferente a tantas mazelas que nos cercam. Não vivo em uma redoma, sei das coisas que me cercam. Vive bem aquele que se encontra enclausurado num condomínio de luxo? Certamente vive com medo. Medo de que alguém invada seu mundo e leve aqueles bens que afagam a alma do pobre milionário.
Caríssimo, escrevo estas palavras com lágrimas nos olhos. Como é bonito saber que ainda existe gente como você, como nós. Gente que não se conforma com tudo isso que acontece diante de nossos olhos. Será que um dia “os palácios vão desabar sob a força de um temporal, tudo vai voltar ao seu lugar, afinal”? Meu irmão, que bom saber que tem gente que pensa alto. Nunca deixe de sonhar, porque o sonho é o caminho para nossa libertação.
Tanta coisa invade minha cabeça, sinto que cuspo palavras como uma metralhadora automática. Mas esta não mata, cativa. Se ferir, fere o peito de pessoas hipócritas, falsas, mentirosas. Quando teremos mais compaixão, solidariedade e amor? O mundo precisa disso, mas todos só conseguem enxergar cifrões. “Sentimentos em meu peito eu tenho demais”, mas quem se importa? Não tenho cascalho, nem carro do ano. Aos olhos de um cidadão comum, sou apenas mais um latino-americano subdesenvolvido com uma cultura enlatada na cabeça... Quem me conhece sabe do amor que tenho no peito. “Eu lhe tenho muita amizade, amor no meu peito é mato” É mato, irmão.
“Por isso não adianta estar no mais alto degrau da fama, com a moral toda enterrada na lama”. De que adianta estar lá em cima? Pra fazer merda, se vender. “Não me vendo pra viver. Se tiver que viver assim, morro de fome. Não precisa ter dó de mim, honre meu nome”. Tenho tanta pena deles...
O antídoto para tanta podridão é um sorriso de criança. Isso sim é valoroso. Isto sim funciona como um tapa na cara da bossalidade. Há tantos singelos momentos em nossa vida que valem a pena... Devemos aproveitá-los e relembrá-los com carinho por toda a eternidade.
Sinto que fazemos parte de uma resistência. Sem armas, sem violência. Apenas com amor, solidariedade, humildade, compaixão, e, claro, um sorriso estampado no rosto.
1 - Texto de Lucas Conejero
2 - Texto de André Carvalho
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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